27/03/12

Chafarizes de Lisboa

A propósito de chafarizes, enviaram-me um link para uma página cheia deles! (obrigada amiga)

chafarizes de Lisboa

Alguns são tão giros que vale a pena irem até lá descobrir a cidade antiga, afinal os chafarizes remontam ao tempo (séc. XVIII e XIX) em que o abastecimento de água potável à cidade se fazia desse modo.

Recordei-me de imediato da fonte luminosa, na Alameda. Nos meus tempos de estudante ainda a vi a funcionar, uma parede de água e luz, majestosa e verdadeiramente bonita, fiquei com essa imagem gravada na cabeça, não sabia nessa altura que dificilmente a voltaria a ver assim. A fonte entrou em obras e nunca mais funcionou. Soube aqui há tempos que os amigos do alheio, um dia pararam uma carrinha e levaram todas as peças de metal que faziam funcionar o mecanismo exterior. As boas notícias é que está novamente em obras!

Para saberem o fascínio que os repuxos de água e cor tem sobre as pessoas conto-vos a seguinte história que se passou comigo há uns anos.

Era Dezembro e estava montada em Belém uma enorme árvore de Natal, acho que a maior da Europa. Foi o primeiro ano e toda a gente falava da árvore, despertando a curiosidade geral.
Uma noite, fui de propósito a Belém, com os meus filhos que eram pequenitos e ainda acreditavam no pai Natal, ver a dita árvore de perto. Esta estava localizada na Praça do Império do lado da Avenida da Índia. O que de longe tinha a sua graça, quando chegámos debaixo dela, era uma simples e enorme torre de metal com umas lâmpadas dispersas. Fiquei um pouco desiludida, mas pensei que os miúdos ficassem fascinados com aquilo, mas nada disso, ignoraram-na completamente e correram para o colorido e iluminado fontanário frente ao Mosteiro dos Jerónimo que jorrava água em volta formando uma cortina arredondada e continuamente iluminada com cores que iam mudando, entre azul, verde, rosa, amarelo,...., tipo arco-íris. Era sem dúvida mais fascinante que a árvore de lâmpadas, pensei para comigo, mas não querendo perder a viagem, ainda insisti:
- Vejam a árvore mais um bocadinho!
Já nem me ouviam, pois corriam na direcção do repuxo, como os insectos atraídos pela luz que fatalmente os atrai.

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