05/07/14

Pessoas que fizeram História - ANTÓNIO SARDINHA



ANTÓNIO SARDINHA
Escritor e Político
(09-09-1887) - (10-01-1925)

António Maria de Sousa Sardinha. Escritor, pensador e político nasceu em Monforte e faleceu em Elvas.
Formado em Direito, aderiu à causa monárquica, sendo, em 1914, um dos fundadores da revista de doutrinação filosófica «Nação Portuguesa», órgão do Integralismo Lusitano.
Foi a grande figura deste movimento e, em 1917, passou a dirigir o jornal «A Monarquia». Foi Deputado sob a presidência de Sidónio Pais e, após o fracasso do golpe monárquico de 1919, no Porto, exilou-se em Espanha.
Regressado, em 1921, prosseguiu a sua acção de pensador, levando a cabo uma revisão historiográfica e crítica divergente das interpretações, então dominantes, da historiografia do liberalismo e do republicanismo.
Foi também o teórico de uma peninsularidade (em Aliança Peninsular-Antecedentes e Possibilidades, 1924) e um estudioso da geração dos primeiros românticos portugueses e de certas figuras do grupo dos Vencidos da Vida, referências do grupo integralista numa primeira fase.
Como poeta, esteve ligado a um tradicionalismo lusitanista, nos volumes «Tronco Reverdecido», (de 1910, sob o pseudónimo de António de Monforte). A Epopeia da Planície (1915) e Na Corte da Saudade (1922).
Entre as suas obras poéticas contam-se ainda: Quando as Nascentes Despertam» (1921), «Chuva da Tarde» (1923), «Era Uma Vez Um Menino» (1926), «O Roubo de Europa» (1931), e «Pequena Casa Lusitana» (1937). A sua obra de doutrinário, ensaíasta, polemista e historiógrafo compreende os volumes: «O Valor da Raça» (1915), «Ao Princípio Era o Verbo» (1924), «Ao Ritmo da Ampulheta» (1925), »Feira dos Mitos» (1926), «Purgatório das Ideias» (1929), e «Processo de Um Rei» (1937). Defensor de uma monarquia tradicionalista e não-parlamentar, influenciou fortemente pensadores posteriores.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica), Amadora, Beja, Cuba, Elvas, Ferreira do Alentejo, Ílhavo (Freguesia de Gafanha da Nazaré), Lisboa (Freguesia de Penha de França, Edital de 10-01-1951), Monforte (Freguesias de Monforte, Santo Aleixo e Vaiamonte), Odivelas (Freguesia de Famões), Oeiras (Freguesias de Porto Salvo e Queijas), Seixal (Freguesia de Arrentela), Sesimbra (Freguesia de Santana), Sintra (Freguesia de Algueirão-Mem Martins), Vendas Novas.
Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. III, Organizado pelo Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Publicações Europa América, Pág. 350 e 351)
Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 27, Pág. 726)