28/09/11

Biografia de Lisboa

Literatura adequada para totós amantes de toponímia:



Biografia de Lisboa
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 524
Editor: Esfera dos Livros
ISBN: 9789896263409
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por Karel

23/09/11

Pessoas que fizeram História - José Alcobia

JOSÉ ALCOBIA
Padre e Musicólogo
(28-11-1914) – (09-02-2003)

José Mendes de Alcobia, nasceu em Pias (Ferreira do Zêzere) e faleceu em Ferreira do Alentejo.
Colector e Regente. Formou-se em Filosofia e Teologia no Seminário Menor de Beja e, a partir de 1935, no Seminário Maior de Cristo Rei, dos Olivais. Aí estudou com Pascal Piriou, Professor e Compositor francês especialista em Canto Gregoriano e Mestre da Capela do Seminário. Nesta instituição iniciou-se como Organista, cargo que viria a ocupar definitivamente em 1938 e que o levou a estudar Canto Gregoriano. Em 1941 foi ordenado Presbítero, tendo sido colocado em diferentes Paróquias do Alentejo, onde desenvolveu significativo trabalho de recolha, investigação e divulgação do Canto Alentejano.

Influenciado pelas ideias de António Marvão sobre a origem do Canto Alentejano, interessou-se sobretudo pela comparação formal e estilística do Canto Alentejano com o Canto Gregoriano. Contactou com vários colectores e estudiosos de Música Tradicional (Fernando Lopes-Graça, Michel Giacometti, Abel Viana, entre outros, que o influenciaram. Ao longo de 50 anos de actividade, efectuou gravações do Canto Alentejano constituindo um espólio com várias centenas de horas de registos sonoros efectuados sobretudo no Concelho de Ferreira do Alentejo, onde documentou a maioria dos eventos musicais.

Dirigiu vários Grupos Corais Alentejanos, participando com estes em encontros, programas da Emissora Nacional, da Rádio Renascença e da RTP. Neste papel participou, em 1972 e 1979, no Festival Internacional de Folclore de Zagrebe, onde alcançou o 1º lugar com, respectivamente, os grupos corais Os Trabalhadores de Ferreira do Alentejo e Os Rurais de Figueira de Cavaleiros, o que lhe valeu a atribuição pelo Estado Português de uma Medalha de Mérito Turístico.

Em 1988 promoveu a reorganização do Grupo Coral Alma Alentejana de Peroguarda, Grupo gravado e divulgado por Michel Giacometti, por isso reconhecido como «verdadeiro representante da tradição» do Canto Alentejano.

O processo de recuperação que preconizou para o Canto Alentejano caracteriza-se pela preocupação com a selecção de um repertório tido por antigo, pela cuidadosa preparação dos cantores e pela recuperação
da indumentária considerada genuína, pretendendo com isso proporcionar um testemunho etnográfico credível. Além disso. Procurou esclarecer o público, através de uma explicação sobre as modas que compunham o programa.

Dedicou-se à divulgação das suas perspectivas sobre o Canto Alentejano através de jornais locais, de encontros, colóquios, palestras, concursos e debates. O seu trabalho re recolha é central para o estudo
do Canto Alentejano e garantiu-lhe grande prestígio junto dos Grupos Corais Alentejanos, dos eruditos locais e dos musicólogos.

Retirou-se das suas funções eclesiásticas em 2000, mantendo contudo, até ao final da vida, a sua actividade de «orientador» do Grupo Coral da GNR e articulista do Jornal de Ferreira (do Alentejo), onde abordou
temáticas musicais e religiosas.

O seu nome faz parte da Toponímia de Ferreira do Alentejo.

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Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (Direcção de
Salwa Castelo-Branco, 1º Volume, A-C, Pág. 24, Temas e Debates,
Círculo de Leitores)

por Manuel Lopes

21/09/11

Planisfério de Cantino - Um Caso de Espionagem

Planisfério de Cantino

É um dos primeiros mapas mundi e foi elaborado por um português, anónimo. É também um dos primeiros casos de espionagem que se conhece.
Este planisfério foi mandado elaborar por um nobre italiano, de nome Alberto Cantino, espião do duque de Ferraca Ercole D’Este. Sem uma data concreta para a sua elaboração, pensa-se que foi desenhado o mais tardar no ano de1502. Ora nesta data a Europa vivia suspensa nos descobrimentos onde o segredo era imperativo. Qualquer informação geográfica fornecida pelos navegadores portugueses era tratada com grande confidencialidade. Não podemos esquecer que a “estratégia” do Rei D. João II era “enganar” os Espanhóis com a descoberta da “América “.   
E foi por isso que este hábil espião se deslocou a Lisboa, com o pretexto de comprar cavalos, se aprontou em recolher informações sobre os descobrimentos portugueses, que já naquele tempo tinham muita fama e causavam muita inveja por toda a Europa. Subornou um cartógrafo que lhe fez uma carta náutica com toda a informação geográfica secreta nos arquivos da casa da Índia em Lisboa.
O Planisfério de Cantino é hoje considerado uma obra prima da cartografia portuguesa e como carta geográfica é uma das mais importantes do mundo. É a primeira carta que representa o planisfério duma maneira mais completa: desde a Europa, América do Norte, Central e Sul, toda a África, a Ásia  até ao Oriente. 
É uma carta rica e com muito pormenor em topónimos. Revela a descoberta do “novo mundo”, conseguimos visualizar com algum detalhe a Costa da Florida. Notabilizasse ainda a demarcação do litoral brasileiro, e è também dada muita importância à fortaleza portuguesa que demonstra a importância da força militar.
Na Ásia, onde as naus portuguesas ainda se aventuravam timidamente, descreve-se com menos precisão a Índia, a China (pela primeira vez, representada num mapa ocidental, como “Terra dos Chins”) e a Indochina. Presume-se que, em relação a estes territórios, a sua concepção obedeça ainda a antigos mapas portulanos arábicos e a fontes secundárias.
Mas a parte que mais interessa é a ocidente dos Açores, isto é, as Terras Americanas. Nesta região vemos ao centro uma linha perpendicular - Linha do Tratado de Tordesilhas de 1494 a dividir o mundo entre Portugal e Espanha. Esta linha imaginária foi traçada a 370 léguas a oeste da ilha mais ocidental do Arquipélago de Cabo Verde, por exigência do Rei D. João II. O Tratado de Tordesilhas foi assinado em 2 de Julho de 1494. A cidade de Tordesilhas fica em Espanha entre Valhadolide e Salamanca. Os Reis Católicos, D. Fernando e D. Isabella de Espanha, queriam que a Linha de Tordesilhas fosse 100 léguas, apesar de estarem de combinação com o Papa Alexandre VI que era de origem espanhola, o Rei D. João II exigiu que fosse 370 léguas e ganhou. 
Neste mapa a “Terra Nova” está incluída no hemisfério oriental, a metade da terra que pertencia a Portugal. Hoje sabemos que o Rei D. João II os ludibriou, porque eles não sabiam da existência da Terra Nova nem do território que originou mais tarde o Brasil.
Composto por três grandes folhas manuscritas coladas, o planisfério foi construído no sistema de rosa-dos-ventos, sobre o qual estão representados o Equador, os trópicos e a linha de Tordesilhas.
Uma das inovações mais importantes respeita à grande redução da extensão longitudinal do continente asiático, o que demonstra a profundidade de conhecimentos dos cosmógrafos portugueses.
Impressiona ainda a magnificência e a perfeição da iluminura. Paralelamente, e caracterizando a época e os seus costumes e tendências, encontram-se iluminuras referentes a criaturas imaginárias: o que não era conhecido fantasiava-se.
Demorou cerca de dez meses de trabalho e custou doze ducatos de ouros, um preço bastante elevado que demonstra a dificuldade e secretismo da Encomenda.
Constitui, por isso, um dos raros exemplares sobreviventes de convulsões políticas e económicas, sendo um testemunho importante do passado.
Presentemente guardado na Biblioteca Estense, na cidade de Modena, localizada  ao norte de Bolonha, na Itália.

Detalhe da Costa Americana

 por Karel (a menina dos mapas)

20/09/11

GeoCamp

O GeoCamp é uma “desconferência”, muito inspirada no conceito de Barcamp, que consiste num encontro aberto a todos e conduzido pelos próprios participantes.
É um dia para as pessoas dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) em Portugal partilharem ideias e se inspirarem em ambiente aberto, desde o Curioso ao Guru, da Neogeografia ao GIS, da Web ao Mobile.
Para aceder às últimas novidades sobre o GeoCamp, siga-nos no Twitter e procure pela hashtag #Geocamp, ou viste a nossa página no Facebook.

Apresentaçãoes
As apresentações, assim como os temas, são livres, o que proporciona aos oradores a liberdade de abordar vários temas dentro da temática dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG).
Qualquer participante pode ser um potencial orador, tendo apenas que demonstrar a sua disponibilidade para o efeito e ter em mente uma barreira de 15 a 20 minutos, incluindo possíveis perguntas e respostas (Q&A)

Data e Local
Sábado, 24 de Setembro, 2011 @ 10:00 AM
Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha
Largo 1º de Dezembro
2260-403 Vila Nova da Barquinha
39º 27’ 28” N, 8º 25’ 57” W

local
http://geocamp.tumblr.com/

19/09/11

Pessoas que fizeram História - Barreto Gomes

BARRETO GOMES
Funcionário dos CTT
(1756 – 1829)
.
José Barreto Gomes, nasceu em Azeitão (Setúbal) e faleceu em Lisboa.
Funcionário Superior dos CTT. Aos 18 anos de idade entrou para o serviço do Correio-Mor. Em 1799, os Correios voltaram à posse do Estado, e Barreto Gomes, que desempenhava o lugar de Tenente do Correio-Mor, passou à categoria de Director do Correio Geral de Lisboa, que correspondia não só à função de dirigente dos Serviços da Capital, como a de principal orientador e coordenador das relações de todos os Correios.
Serviu durante 55 anos com zelo e saber, sendo orientador de todos os Chefes sob cujas ordens esteve.
Barreto Gomes dirigiu superiormente os Serviços dos Correios de 25-12-1807 a Abril de 1808, e de 15-09-1808 a 05-09-1810. Voltou a desempenhar o mesmo cargo em 1820, num período de perturbações políticas.
Foi vizinho e companheiro do Poeta Bocage, que lhe dedicou um soneto. Em 1826 foi atacado de uma doença mental e três anos depois morria.

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Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 12, Pág. 523)

por Manuel Lopes

18/09/11

Conferência Marketing de Cidades e Territórios em Loulé

No próximo dia 22 de Setembro (quinta-feira), às 18:30 h, no auditório do INUAF - Instituto Superior Dom Afonso III, em Loulé, terá lugar a Conferência Marketing de Cidades e Territórios.

O Marketing Territorial ganha cada vez mais relevo à medida que os autarcas entendem a sua importância  para o desenvolvimento local. Valorizar o território é preciso, dizê-lo cantando a toda a gente (como diz a canção), pois perante tanta informação disponível, haver factores diferenciadores é insuficiente, é preciso fazer chegar a informação.

A apresentação vai estar a cargo dos especialistas Pedro Dionísio, professor associado de marketing no ISCT e co-autor do famoso Mercator e Publicitor e Carlos Marins, presidente da ADDICT (agência para o desenvolvimento das industrias criativas) e director da "Guimarães 2012 - capital Europeia da Cultura"

Os temas serão as áreas que mais publicidade trazem às cidades, como sejam, o desporto, a cultura e a arte.

A entrada é livre, mas está sujeita a inscrição. Informações através do email marketing.territorio@gmail.com

in diáriOnline; algarve digital; CMLoulé

13/09/11

Dia da língua mirandesa

Sábado, 17 de Setembro é assinalado o dia da língua mirandesa, o mirandês.

O mirandês é falado pelos habitantes das Terras de Miranda (em mirandês Tierra de Miranda), nome histórico do território português situado a nordeste de Portugal, com cerca de 100 km2 de extensão, junto da fronteira com Espanha e abrangendo os concelhos de  Miranda do Douro, Vimioso e parte de Mogadouro.


Nem a propósito, um amigo foi passar férias por Tierra de Miranda e tirou fotos, como qualquer turista que se preze, duas particularmente felizes para o tema do nosso blog. Ora vejam bem.

04/09/11

LisbonPad

LisbonPad é um serviço de aluguer de iPads, pensado para os turistas que visitam a cidade de Lisboa.

Com este sistema o turismo ganha uma vertente mais tecnológica e interactiva, o que permite uma estadia diferente e mais abrangente da cidade através do acesso permanente a vários tipos de informação.

Para o turista de Lisboa, por um preço diário de 33€, tem a cidade na sua mão, conseguindo saber a sua localização, serviços e monumentos a visitar próximos, e informação, imagem e videos sobre eles.

Descobri este serviço, ao ler a revista Visão nº 965 (1 a 7 de Setembro de 2011). Com prazer descobri que é da responsabilidade de uma empresa portuguesa. Parabéns!

Para mais informação ver o link: LisbonPad

01/09/11

Jornadas Europeias do Património 2011

23, 24 e 25 de Setembro de 2011

O que são?
As Jornadas Europeias do Património são uma iniciativa anual do Conselho da Europa e da União Europeia, que envolve cerca de 50 países, no âmbito da sensibilização dos cidadãos europeus para a importância da salvaguarda do Património. Neste sentido, cada país elabora anualmente, um programa de actividades a nível nacional, a realizar em Setembro, acessível gratuitamente ao público.
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Quem organiza?
São organizadas pelo IGESPAR - Instituto de Gestão do património Arquitectónico e Arqueológico que define o tema anual e convida as entidades públicas e privadas a associarem-se à iniciativa.
O tema de 2011 é "Património e Paisagem Urbana".
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Fluviário de Mora
É uma das entidades convidadas pela organização para as Jornadas de 2011.
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Programa do Fluviário de Mora
O edifício do Fluviário de Mora evoca o “monte alentejano” tradicional, branco e despojado, conceito leal ao contínuo natural da região do Concelho de Mora - Brotas, Mora, Pavia e Cabeção – que possui um precioso património paisagístico e ligação ancestral aos rios, sendo entrecortado pelas ribeiras Raia, Têra e Divor. As azenhas que ainda se podem encontrar ao longo da ribeira Raia, com o horizonte preenchido pelos montados de sobro e de azinho, encontram no Fluviário toda a sua expressão ao longo das galerias dedicadas aos ecossistemas dulciaquícolas. Sexta-feira, 23 de Setembro às 10:00 - 25/9 às 19:00.
Através da visita ao Fluviário de Mora e da visualização do documentário “Expedição Rivus: Viagem ao Planeta Fluviário” poderá ficar a conhecer muito mais sobre este grande aquário de água doce – o 1º da Europa – e partir “À Descoberta dos Bastidores”.
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  • I. Visita às exposições do Fluviário de Mora e aos bastidores com a actividade "À Descoberta dos Bastidores"
Requer marcação prévia.
Horário: 10H - 19H.
Preços: Bilhete + 8 € da actividade "À Descoberta dos Bastidores".
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  • II. Visualização do documentário "Expedição Rivus".
Sem marcação prévia.
Horário: 17H.
Preços: A actividade é gratuita.

Os eventos estão disponíveis para os dias 23, 24 e 25 de Setembro de 2011 durante o horário indicado.