19/06/11

Toponímia - a origem

Definindo-se etimologicamente como o estudo histórico ou linguístico da origem dos nomes próprios dos lugares, a Toponímia, para além do seu significado e importância como elemento de identificação, orientação, comunicação e localização dos imóveis urbanos e rústicos, é também, enquanto área de intervenção tradicional do Poder Local, reveladora da forma como os Municípios encaram o património cultural.

Os nomes das freguesias, localidades, lugares de morada e outros, reflectem-se, e deverão continuar a reflectir, os sentimentos e as personalidades das pessoas e memoriam valores, factos, figuras de relevo, épocas, usos e costumes, pelo que, traduzindo a memória das populações, deverão a escolha, atribuição e alteração dos topónimos rodear-se de particular cuidado e pautar-se por critérios de rigor, coerência e isenção.

A Toponímia, como ciência auxiliar da História, foi criada por dois eruditos franceses, d’Arbois de Jubainville e Longnon, que se dedica ao estudo da origem e etimologia dos nomes dos locais. É um dos ramos principais da onomástica, ciência que também abrange a antroponímia, ou estudo dos nomes das pessoas.

As origens dos Topónimos são variados, e levam à divisão convencional da Toponímia em sub-grupos, sendo os mais importantes e conhecidos os seguintes:

•       Antrotoponímia, que trata dos topónimos derivados de nomes de pessoas;
•       Arqueotoponímia, que trata dos topónimos derivados de nomes de sentido arqueológico;
•       Fitotoponímia, que trata dos topónimos derivados de nomes de plantas;
•       Geotoponímia, que trata dos topónimos derivados da orografia e da geologia;
•       Hagiotoponímia, que trata dos topónimos derivados do culto da Virgem e dos Santos;
•       Hidrotoponímia, que trata dos topónimos derivados de nomes de rios, lagos e fontes;
•       Zootoponímia, que trata dos topónimos de nomes de animais;

As designações toponímicas devem ser estáveis e pouco sensíveis às simples modificações de conjuntura, não devendo ser influenciada por critérios subjectivos ou factores de circunstância, embora possam
reflectir alterações sociais importantes.

Nos tempos modernos que, basta pensar nos custos (em tempo e dinheiro) que advém da, aparentemente, simples actualização da morada de cada munícipe, para perceber como toda a problemática da toponímia deve ser encarada com grandes preocupações pelos responsáveis autárquicos.

enviado por Manuel Cabaço Lopes, colaborador Tótó honorário

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